Na atualidade, a internet tem conquistado um papel protagonista na área da comunicação, especificamente no jornalismo. Desde o compartilhamento de notícias, até a linguagem ideal para comunicar com seu público-alvo, comunicadores ao redor do mundo se adaptam, até hoje, com as novas normas.

Dessa forma, é cada vez mais comum ver jornalistas se tornando criadores de conteúdo digitais, compartilhando notícias de diversas áreas para suas comunidades, principalmente feitos com um toque mais autêntico, acessível e pessoal.

Com isso, resta um questionamento: existem conflitos entre as duas áreas que um profissional tem que lidar?

O novo episódio do Central 900, apresentado por Marina Orfali, explora sobre jornalistas que também são influenciadores com a presença de Mari Palma, jornalista formada pela Cásper Líbero, com 11 anos de experiência na Rede Globo, onde apresentou o “G1 em 1 minuto”, e que atualmente integra o time de entretenimento da CNN Brasil, e Bruna Parrado, jornalista, apresentadora e criadora de conteúdo também formada pela Cásper Líbero, com experiência em empresas como Grupo Abril e Adorocinema.

O PAPEL DO PROFISSIONAL NO JORNALISMO

Mari Palma explica que existia um conflito para trabalhar com criação de conteúdo quando trabalhava com jornalismo factual, sendo a responsável por noticiar temas políticos e econômicos para o Brasil em “G1 em 1 minuto”.

Isso ocorre devido ao jornalista não poder correr o risco de estar atrelado a uma marca que, potencialmente, pode ser noticiada por fazer parte de um escândalo no futuro, deixando ambos em uma situação vulnerável.

Agora que Mari trabalha com entretenimento na CNN Brasil, ela se encontra em uma área que a permite eticamente trabalhar com marcas enquanto exerce seu papel de jornalista em seu veículo.

Independente da área, ela enfatiza a importância de continuar investigando sobre as marcas antes de falar sobre elas, um fator diferencial que jornalistas realizam quando criam conteúdos.

“Hoje, eu não sinto mais esse conflito, porque eu não estou na área em que esse conflito existe. Eu saí do hard news, mas é uma escolha”. Reflete Mari.

Mari finaliza explicando que existem diversas possibilidades dentro do jornalismo, o que pode oferecer oportunidades únicas para cada profissional, de acordo com suas preferências.

RESISTÊNCIAS E DIFERENÇAS ENTRE GERAÇÕES

O movimento de jornalistas como influenciadores digitais pode ser popular na atualidade, mas ele já sofreu movimentos de resistência por muitos anos antes.

Mari e Bruna explicam que existe uma bagagem emocional a ser enfrentada quando um profissional trabalha em ambas áreas devido a preconceitos.

Bruna relata sobre o tempo que trabalhou em veículos, onde a grande maioria dos funcionários eram de gerações anteriores, e não entendiam como profissionais, como ela, realizavam as duas atividades.

A jornalista também explica que, na atualidade, sente uma dificuldade em saber como se rotular, por muitas pessoas enxergarem sua persona como apenas jornalista, ou influenciadora.

“Eu sinto que já melhorou muito, da impressão que as pessoas têm. Mas eu ainda sinto que a gente tem que ir lá bater na porta e falar: ‘Deixa eu explicar como é meu trabalho'”. Conclui Bruna.

O MELHOR DOS DOIS MUNDOS

A criação de conteúdo digital é uma oportunidade para jornalistas explorarem seus públicos, áreas de interesses, e até estilos de comunicação e linguagem.

Mesmo com essa acessibilidade, é necessário se preparar para mudanças de mercado constantes, evitar conflitos de ética e interesse, e até combater resistências de gerações passadas.

Para quem quer conhecer mais sobre jornalistas e criação de conteúdos digitais, o episódio do Central 900 traz todos os detalhes em primeira mão com convidadas renomadas nas áreas.

Confira mais sobre a conversa, assistindo ao episódio completo:

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