A humanidade é movida por histórias. Há milênios, a habilidade de contar histórias tornou-se uma ferramenta indispensável para a transmissão de conhecimento e valores culturais. No entanto, até hoje, a área mais influenciada por esta prática é a comunicação, visto que desde uma propaganda até uma boa reportagem jornalística, a conexão gerada nas narrativas depende de um fator indispensável: o storytelling.
O storytelling é uma estratégia de comunicação usada com o objetivo de transmitir uma mensagem persuasiva e memorável. A partir de um enredo envolvente e com personagens cativantes, essa técnica apropria-se de uma boa narrativa para atrair e convencer as pessoas. Desse modo, essa prática milenar de contar histórias passou a ser usada na área da comunicação, principalmente no marketing e na publicidade, para atrair o público por meio da emoção.
O novo episódio do Central 900, apresentado por Marina Orfali, conta com a participação de Gustavo Teitelbaum, especialista no tema e professor do Curso de Curta Duração da Cásper “Storytelling aplicado à comunicação interna”, e Cleber Paradela, VP de conteúdo e inovação da agência DM9. Durante a conversa, os convidados discutem a prática do storytelling e sua aplicação na comunicação interna.
Com o propósito de tornar uma narrativa memorável, o storytelling se diferencia das demais formas de comunicação, por transmitir emoções e não apenas dados. Dessa forma, inúmeros setores adotam essa estratégia comunicacional para engajar as pessoas através da empatia e da identificação. Atualmente, essa habilidade ganhou destaque com o avanço das redes sociais e a infoxicação.
Marcada por um grande volume de dados, a infoxicação está atrelada à incapacidade do cérebro humano de processar a quantidade de informações que temos hoje. Com o excesso informacional presente nas mídias digitais, o surgimento de demandas por conteúdos aprofundados passou a ser recorrente e necessária.
“A gente tem visto muito conteúdo sem profundidade nas redes sociais (…), é assim que surge o storytelling, com uma estrutura narrativa que prende”, afirmou Gustavo Teitelbaum.
Assim, histórias com personagens cativantes são exploradas na internet, como na publicidade e na gestão empresarial. Partindo do pressuposto da identificação, narrativas pautadas na autenticidade, superação e conexão emocional transmitem mensagens que marcam as pessoas e conseguem se destacar em meio ao volume de informações encontradas nas mídias.
Como apontado previamente, as redes sociais estimulam o aparecimento de narrativas guiadas pelo storytelling, principalmente para a divulgação da imagem de uma marca. Ainda que empresas consigam atrair diversos públicos ao realizar propagandas positivas sobre seus produtos, grande parte dos usuários prefere a opinião de demais consumidores.
Diante da infinidade de produtos e serviços encontrados no mercado, usuários passaram a influenciar o consumo social de forma gratuita, através da recomendação de marcas. Esse tipo de geração de mídia espontânea é conhecido como Conteúdos Gerados por Usuários, UGC – sigla traduzida do inglês “User Generated Content”.
“Cada vez mais, valoriza-se o conteúdo produzido por uma pessoa real, do que uma simples propaganda feita pela marca”, comentou Cleber Paradela.
De acordo com a pesquisa Statista sobre confiança dos consumidores, cerca de 88% dos entrevistados confiam na recomendação de outra pessoa. Dessa forma, conteúdos produzidos por usuários comuns podem ser considerados um tipo de storytelling, visto que transmitem autenticidade na narrativa.
Outro fator que potencializa a divulgação de uma marca é a participação de colaboradores através de UGC. Por meio do depoimento sobre como é o dia a dia na empresa e, até mesmo, o consumo dos produtos pelos funcionários, as estratégias adotadas aproximam o público e se tornam atrativas no mercado.
Adotar o storytelling para fidelizar o público é fundamental para uma marca, mas o ponto crucial dessas histórias está em quem as compõem: os colaboradores. Aderir aos depoimentos de funcionários de determinada empresa traz credibilidade à narrativa contada, mas também mostra a relação intrínseca entre o humano e o empresarial, observado nos valores defendidos pela marca.
Nesse sentido, o storytelling corporativo, além de incentivar os profissionais através dos valores que acreditam, humaniza o relacionamento interno e desperta o sentimento de pertencimento. Para o professor da Cásper, trazer personagens para o enredo gera um engajamento maior do que apenas exibir metas distantes da rotina de trabalho:
“Devemos procurar sempre colocar as pessoas como protagonistas. Parece óbvio, mas a maioria das empresas não faz isso. (…) A cultura de uma empresa é os valores carregados pelas pessoas”, complementou Gustavo Teitelbaum.
Além disso, a participação de colaboradores também mostra-se um termômetro da gestão corporativa. Em ambientes de trabalho saudáveis, profissionais sentem-se motivados e comprometidos com suas obrigações, assim como confiam em sua equipe para oferecer sugestões e desenhar estratégias. Logo, a narrativa dessas pessoas é indispensável na transmissão de credibilidade de forma natural para uma marca.
Com a finalidade de discutir a importância do storytelling, o novo episódio do Central 900 mostra como essa prática pode ser benéfica para o desenvolvimento corporativo. Ademais, a Faculdade Cásper Líbero oferece o curso “Storytelling aplicado à comunicação interna” para os profissionais que buscam incentivar e valorizar os colaboradores de cada empresa no mercado!
Confira mais sobre essa conversa, assistindo ao episódio na íntegra: