INSCRIÇÕES ABERTAS PARA O VESTIBULAR 2025 Fechar
Autor: Rodrigo da Silva Candido Ribeiro
Tipo de produção: Produção científica
Classificação: Dissertação/Tese
Data: 11/04/2018

Resumo

Esta pesquisa discute a relevância dos processos de comunicação interna empresariais para a inserção de pessoas transgêneras no mercado de trabalho formal. Partimos da hipótese primária de que, devido à sistemática exclusão e invisibilidade social, as pessoas transgêneras enfrentam grandes dificuldades quando se fala de empregabilidade. Como hipótese secundária, assumimos que a gestão de comunicação pode ter um papel estratégico para facilitar ou dificultar o acesso de pessoas transgêneras a empregos formais. O objetivo geral do estudo consiste, exatamente, em investigar na prática como organizações empresariais desenvolvem processos de comunicação interna para criar entraves ou catalizadores à inclusão de pessoas trans em seus quadros de funcionários. Para tanto, optou-se por concentrar a investigação nas chamadas “Melhores Empresas para se Trabalhar”, ranking criado pela Great Place to Work, a partir de dados coletados anualmente em 53 países. Esta classificação tem grande relevância mercadológica: seus dados pautam a agenda das organizações corporativas, ao estabelecer o que faz de uma empresa uma boa instituição para os seus empregados e para a sociedade como um todo. A metodologia utilizada consiste no cruzamento de dados coletados de três formas e fontes: 1) questionários semiestruturados respondidos em ambiente digital por 126 gestores de pessoas, em especial de comunicação, marketing e RH, de companhias bem situadas no ranking “Melhores Empresas para se Trabalhar”, entre outras que almejam tal distinção; 2) entrevista em profundidade com mulher transgênera que deseja se inserir no mercado de trabalho formal; 3) entrevista em profundidade com gestora de comunicação e responsabilidade social corporativa da rede AccorHotels Brasil que, ranqueada nas “Melhores Empresas para se Trabalhar”, assinou a “Carta de Compromisso do Fórum de Empresas e Direitos LGBT” e tem desenvolvido políticas específicas para acolher pessoas transgêneras em seu quadro de empregados. O referencial teórico adotado articula bibliografia referente aos processos de comunicação das organizações empresariais e das organizações sociais, correlacionando essas instâncias, além de literatura sobre os estudos de gênero, com acento nos transgêneros. Ao final, pôde-se perceber, de fato, algumas das faces do papel estratégico da comunicação como agente de transformação ou manutenção de conceitos, atitudes e paradigmas nas empresas quanto ao discurso, valores e práticas destas instituições na inclusão dos transgêneros, observando-se o que tem sido feito e a efetividade de tais práticas, bem como o que ainda precisa/pode ser realizado.

Palavras-chave: Processos de Comunicação; Comunicação Organizacional; Transgêneros; Inclusão; Trabalho Formal.